Não sei o que se passa com os jornalistas deste país. Nem sequer sei o que é feito deste país.
A notícia não é o que era, tudo bem, pois o mundo também não é o que era.
Mas que eu saiba, que eu saiba, o quotidiano de todos nós não será apenas marcado por velhinhos doentes e abondonados, jovens desempregados e famílias a morrer à fome.
Há mais do que isso. E mesmo que não houvesse, os jornalistas teriam de ser capazes de inventá-lo.
Os jornalistas não são os anjos da morte e da destruição. São, ao invés, os grandes ficcionistas da realidade.
De cada vez que folheio jornais, vejo telejornais ou oiço rádio, sou confrontada pela miséria, pela desgraça e pelo pessimismo.
Rareiam as histórias com final feliz.
E ao coro de jornalistas juntam-se agora o dos políticos, dos comentadores políticos, dos assessores políticos, dos assessores dos comentadores políticos. Todos, em uníssono, a garantir o fim do mundo.
O mundo vai mesmo acabar. Só não se sabe quando nem onde.
Até lá, senhores jornalistas, não me retirem das mãos as canetas de colorir porque a vida a preto e a cinzento não serve a ninguém.
Deixem entrar o riso.
Deixem entrar o sucesso.
Deixem entrar o optimismo.
Deixem entrar a felicidade.
Porque há momentos em que não me apetece ser mais do que estúpida.
3 comentários:
Quais são os outros momentos em que te apetece ser mais do que estúpida?
Há momentos em que só me apetece não existir. Não ter forma, volume, dimensão. Ser NADA. Nesses momentos, serei estúpida?
A verdade é que o país ta mesmo mal uma miseria e talvez tu por n teres problemas, nem economicos nem de outro tipo podes falar disso, por metade deste país passa dificuldade pa chegar ao final do mes, pra eles n há net, nem blogues,nem smartphones ferias no verão nem prendas no natal,ja te perguntas -te algma vez, pork neste país existe tanta gente dentes podres ou sem eles,será pork gostam? neste páis há problemas saúde,falta de hospitais, falta de estradas, ... falta de emprego, expectativas quebradas jovens que investiram em formar-se e agora trabalham na caixa do continente ou call sentir, na realidade metade deste país vive com 485€/mês de salario e outro da população, com reformas de 210€, este país perde a classe media, este país só de 1º mundo pork, está na Europa pork senão seria do terceiro, que ha pra rir neste país, talvez tu, tu e mais ou dois ou tres como tu por fortunio da vida sejam felizes, talvez por isso neste País a felicidade seja tão aprecidada e desejada!
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