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quarta-feira, julho 21, 2010

Recado

A ironia é fodida (perdoem-me os mais sensíveis, mas quando a palavra passou a figurar no título de uma obra - O Amor É Fodido, de Miguel Esteves Cardoso - devo dizer que ela ganhou estatuto literário) e eu bem digo que é uma das formas mais inteligentes do ser humano exprimir-se, expandir-se, retratar-se.
E quem não a reconhece, lamento, mas fica a meio caminho de ser um entendedor que baste...

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Morning, happy morning

manhã cinzenta?! eu só vejo brilho e luz.
chuva?! onde? quando? se hoje acordei cristalina, como que aquecida pelo sol que todos insistem inexistir.
frio?! só sinto uma névoa de calor imenso a nascer-me por dentro, para dentro.

a felicidade é como um manto que cega; não como as cegueiras comuns. é mais como as cegueiras extraordinárias, aquelas que nos possibilitam ver o que os outros não vêem ou até como aquelas que nos permitem ver o que os olhos normalmente evitam.

manhã colorida, a minha.
sol luzidio e luzidente, só para mim.
calor que abraça, que envolve a vida, porque te sinto sozinha?

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Lapsus Linguae

A troca de um nome por outro pode não ter qualquer importância, mas apenas para quem desconhece os estudos de um tal Sigmund Freud. Segundo ele, um disparate aparente manifesta não uma desatenção, um descuido, mas um desejo reprimido do inconsciente. É por isso que os actos falhados são uma matéria tão interessante, a que eu gostaria de dedicar algum tempo, se o tivesse.
Sair de casa para despejar o lixo e entrar no carro com o mesmo pode dizer mais de nós naquele instante do que uma reflexão atenta e consciente.
A censura não é apenas uma posição ideológica ou política. Nós somos os nossos censores mais implacáveis e intolerantes até que, em determinados momentos, o inconsciente se liberta e deixa, de forma disfarçada, as pulsões ou impulsos se exprimirem. Os actos falhados são o modo, por vezes grotesco mas nunca doentio, de os conteúdos e representações inconscientes vencerem a barreira da censura.Ou seja, vencer-nos a nós próprios - uma guerra que eu tenderia a chamar de fatricida.




terça-feira, janeiro 05, 2010

Ora dá cá um e a seguir dá outro

Descobri hoje - sou tão boa a descobrir coisas - que as teclas* que se usam para escrever kiss são as mesmas que se usam para escrever lips. Ao mesmo tempo que considerava ser esta a minha descoberta  mais poética : é que um beijo não se faz sem lábios...


* Isto se estivermos a falar de teclados simples ou de telemóveis simples. Ah, claro, e do uso da escrita inteligente. A possibilidade destas descobertas acontecerem terminaram com os telemóveis de última geração, já que nestes cada letra corresponde a uma única tecla.

sábado, maio 02, 2009

The strange way of life

E se de repente um estranho, em vez de flores, te oferecesse o perfume que delas emana? Te oferecesse a esperança numa caixinha pequenina ausente de contornos ou tamanho? Te oferecesse, sem saber ou sequer adivinhar, tudo o que sabes e advinhaste um dia sobre o teu passado e o teu futuro?
Aceitarias das mãos de um estranho o que anseias há tanto?

sábado, março 07, 2009

Sometimes

Em determinadas alturas, e só em determinadas alturas, não importam as razões, uma vez que o resultado, independentemente daquelas, é o mesmo...

terça-feira, fevereiro 17, 2009

poema (?!) estéril

não me apetece escrever
nem sempre me apetece escrever
porque nem sempre tenho o que dizer
e não ter o que dizer não é nada de mais
é apenas e não ter o que dizer

não tenho que ficar preocupada
ou inventar um mundo de coisas
porque não ter o que dizer pode deixar-me embaraçada
ou criar a suspeita de que não sou suficientemente atenta ao que se passa
ou necessariamente criativa para fazer nascer de mim um texto

estou estéril

e

contudo
agrada-me este lado do silêncio dos que nada têm para dizer
é que mais vale calarmo-nos e parecermos estúpidos
do que falar pelos cotovelos
e
não deixar qualquer margem para dúvidas

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Ai, ai os Homens


Até percebo que haja pessoas incomodadas com a legalização do aborto, com o casamento entre homossexuais e com a eutanásia. Deve ser exactamente o mesmo incómodo que eu sinto em relação à tortura, xenofobia e a tradições culturais como a excisão. Daí a organizar um partido político para "combater" tais práticas? Mas quando é que alguém explica a essas cabecinhas que o mundo não é a preto e branco? O aborto existe, os homessexuais existem e a morte pode ser, em algumas situações, uma oportunidade mais ridente do que a própria vida.