A vida lá fora.
Os sons das coisas a acontecerem.
O tempo a tiquetaquear.
É, no fundo, a confirmação de que não há antes nem depois.
Hei de apressar-me se quero chegar a tempo. Ou se quero chegar a lugar algum.
Só que a pressa não pertence a este tempo aqui.
Parece que a pressa é avessa ao tempo que me atravessa.
Hei de ser paciente.
Escutar (e não apenas ouvir) os lugares que são os tempos de outros tempos mais o tempo que agora se faz.
Hei de ser eu.
Não sei ser de outro jeito. Não tenho jeito para ser qualquer outro.
O meu maior infortúnio?
A vida cá dentro.
Os sons que não oiço mas imagino.
O tempo a tiquetaquear.
Nenhum comentário:
Postar um comentário