Queria escrever um post onde pudesse manifestar a minha tristeza por não ter estado presente ontem, na Gulbenkian, a ver o Gustav Dudamel a dirigir a orquestra juvenil ibero-americana.
Queria escrever um post que fosse capaz de dizer que Dudamel é excessivo no seu brilhantismo enquanto maestro - e sê-lo-á também enquanto homem.
Queria escrever um post em que fosse capaz de exprimir a minha admiração por pessoas como Dudamel, que apesar de não terem nascido em berço de ouro, constroem-nos com as suas próprias mãos - e que mãos: delicadas, efervescentes, tempestuosas e com asas na ponta de cada dedo.
(Eu queria, mas às vezes não consigo as coisas só de querê-las tanto. Seria bom que tivéssemos acesso a certas coisinhas só pela razão de as desejarmos.)
Desculpa, Dudamel, mas fui incapaz. Faltaram-me asas nos dedos.
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