Muito se disse, e acredito que muito se dirá, sobre a vida, a morte e, sobretudo, sobre a obra de José Saramago. Contudo, sendo eu amante da literatura e das artes, não poderia deixar de escrever sobre o tema: ia almoçar quando me apercebi que tinha ocorrido qualquer situação grave, foi a TSF quem me trouxe a notícia. Já tinha pensado invariáveis vezes que Saramago morreria muito em breve.
Nada de novo até aqui. O que talvez seja novo é eu dizer que a obra que mais me emocionou deste escritor foi Conto da Ilha Desconhecida e a que mais me perturbou Ensaio Sobre a Cegueira. Perturbou-me tanto que ainda não acabei de ler as páginas finais. O romamance repousa e aguarda pelo meu amadurecimento intelectual e emocional.
Não era especialmente devota da literatura do Saramago, mas não posso deixar de me sentir triste pelo apagamento da sua luz literária, humana. Sou absolutamente devota aos escritores que, como ele, foram capazes de pensar a dimensão do Homem; pois, ao fazê-lo, deram passos determinantes, mesmo que imperceptíveis, no conhecimento desta massa tão disforme, tão absoluta e tão real que conhecemos como HUMANIDADE.
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