quinta-feira, julho 15, 2010

Estado da Nação

Digo que os meus dedos se atrasam em tocar demoradamente as teclas, transformando esse toque em escrita, como alquimista burilando freneticamente;
Digo que não escrevo por preguiça, para atrasar o pensamento e não impedir a vida;
Digo que não escrevo por obrigação, porque tudo o que é obrigado cansa, é inútil e dispensável;
Digo que, apesar do silêncio da escrita, não estou morta;
Digo: sou viva. Sou vida. E por ser tudo isto, aborreço-me e sinto-me exausta só de pensar em escrever.

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