Vi The Kids Are All Right, um filme de Lisa Cholodenko, com as belíssimas Julianne Moore e Annette Bening.
Aquilo que mais apreciei no filme foi aquilo que também mais apreciei no Brokeback Mountain, de Ang Lee - a seriedade, a integridade e o respeito com que é abordada a temática homossexual.
Lisa e Ang provam que falar do amor entre pessoas do mesmo sexo pode - e deve - processar-se em moldes semelhantes de quando se procura falar do amor entre pessoas de sexo diferente.
Julianne e Annette são casadas há mais de 20 anos e vêem-se a braços com aquilo que um casamento longo normalmente proporciona: invisibilidade.
A chegada de um elemento exterior - Mark Ruffalo - obrigará a que a família (composta por dois filhos adolescentes - Mia Wasikowska e Josh Hutcherson) rasguem o manto da invisibilidade e, por assim dizer, o da inocência.
Os dramas retratados neste filme não são diferentes dos dramas pelos quais passam famílias de todo o género: o desgaste relacional, a diferença de opiniões quanto à orientação educacional dos filhos, os vícios de personalidade, as expectativas goradas, o crescimento interior que se processa contra aqueles que nos são próximos, a desilusão. E o remédio que acalma todos os males também não anda longe da realidade mais próxima: sexo, mentira, decepção, raiva, muita raiva, assunpção de culpas e responsabilidades e perdão - só possível deixando que o tempo faça aquilo que melhor faz: passe!
Impressionou-me a interpretação do Mark Ruffalo e da Mia Wasikowska - que interpretou Alice no Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton - não vi, mas depois desta interpretação, apetece-me muito vê-lo.
As famílias já não são o que eram e... ainda bem!
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