Ontem tive a minha segunda aula de surf. Nada de especial se, entretanto, não fizesse tanto frio na rua. Só fui capaz de esquecê-lo (e apenas por breves instantes) no momento em que o professor chegou e nos disse - sem nos dar qualquer hipótese de escolha - "vão buscar os fatos". E eu fui. E eu despi-me na praia, em frente a várias pessoas que desfrutavam do sol brilhante, mas não quente, que iluminava a esplanada e me olhavam com olhos de comiseração: enquanto eles se encontravam envoltos em camisolas, camisolões, casacos, casacões, gorros, luvas, cachecóis, eu ia ficando em pelota, preparada para vestir o fato.
Assim que agarrei na prancha e entrei na água esqueci o frio de vez. O prazer das ondas no meu corpo, o cheiro do mar e a vontade de me pôr em pé na prancha foram suficientes para o frio deixar de ser determinante.
Descobri, só agora, que gosto de surfar - ou melhor, gosto da ideia de um dia vir a surfar - e vou fazer de tudo para agarrar este desejo meio adolescente que me nasceu no meio de uma idade já nada adolescente.
(Obrigada R. pelos ensinamentos e tranquilidade transmitida no mar em chamas)
2 comentários:
Muito legal. Um dia quero aprender também, mas a voar de Asa Delta!
Beijos!
Já dizia o Grande Pedro Lima: "Um surfista não envelhece, as pranchas é que vão ficando maiores"
Desejo-te as maiores felicidades, porque é mesmo isso que o surf faz, nesta aventura.
Dica: Aprende a dizer: Ôi ôi!!
;)
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