Tenho cinco minutos para escrever o que penso. Cinco minutos para apreender a verdade dos meus sentidos em frases com sentido. Cinco minutos onde caberão as palavras de hoje, mais as de ontem (que não escrevi) e mais as de amanhã (por desconhecer se escreverei). Cinco minutos entre o silêncio da escrita que não aconteceu e esta voz que acontecerá. Cinco minutos de nada a quererem ser cinco minutos de tudo.
Cinco minutos que tive e que não tenho mais. A cada cinco minutos que passam, estou cinco minutos menos nova e cinco minutos mais velha. Sobrar-me-á, no fim de tudo, cinco minutos para dizer aos que amo que os amo? Ou, a cinco minutos do fim de tudo, os que amo não passarão de memórias a cinco minutos de desaparecer?
Em cinco minutos a vida pode mudar, parar ou reacontecer.
Cinco minutos bastam para tanto.
Até para isto.
2 comentários:
E em cinco minutos tanto acontece e deixa de acontecer... Beijo-te, não em cinco minutos mas em dez, vinte ou trinta... Amo-te.
Eh lá, beijares-me em mais do que cinco minutos?! Acho que daria, no mínimo, o mais longo beijo da História. :D
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