É por coisas como esta - que contarei em seguida - que gosto tanto de livros.
Após a leitura de O Livro das Ilusões, de Paul Auster, oferecido por um amigo no Natal passado, estava eu na FNAC, com o Rodrigo - obriguei-o a comprar CD's todos os meses ou não me responsabilizaria pelo desaparecimento dos Gun's N' Roses, já que em casa ou no carro não era possível ouvir mais nada senão aquela banda de rock dos anos 90 - quando dou de caras com um filme chamado The Inner Life of Martin Frost.
Ao início, de tão espantefacta, nem dei importância ao nome do realizador, concentrei-me apenas no nome da película. Estava certa, certíssima que aquele filme tinha sido inventado e criado nas páginas do livro que acabara de ler. A personagem principal descrevera cena a cena, diálogo a diálogo. Vê-lo ali, nas estantes, enfileirado entre outros filmes de autor, fez-me querer comprá-lo imediatamente.
Foi apenas quando peguei no DVD que percebi que o realizador e o autor do livro eram o mesmo: Paul Auster.
Para mim, aquele filme só existia em papel e na mundividência criada em O Livro das Ilusões. Agora estava ali, fora do livro, nas minhas mãos.
Estou ansiosa por vê-lo, ainda que, na verdade, já o tenha visto.