Em conversas soltas, apercebi-me, há muito pouco tempo, que não é correcto defender que a maternidade e a paternidade fazem mais sentido quando não há diferenças geracionais significativas.
Não é verdade que uma mãe, aos quarenta anos, não possa proporcionar ao seu filho o que ele mais precisa: amor/ compreensão/companheirismo. Mas não há um único dia em que não me sinta privilegiada por ter tão pouca diferença de idade em relação ao Rodrigo. Não fora esse facto, como poderia ter estado eu, no concerto do Slash (ex-guitarrista da famosa banda dos anos 90 - Guns N' Roses), a dançar, pular e a cantar do seu lado?
Não passaram sequer 20 anos da última vez (na altura, a primeira) que vi o Slash pisar um palco em Lisboa. E é tão bom ver a vida com os olhos de antigamente. Mais, é tão bom partilhar da alegria eufórica de um adolescente quando confrontado com alguma coisa que deseja e admira muitíssimo.
Tenho de agradecer à tia do Rodrigo este momento mais do que a ninguém, pois foi a sua súbita doença (nada de gravoso, acrescente-se) que me "obrigou" a ser o braço-direito do Rodrigo no concerto.
Não fossem os gritos infernais do grupo de rock português que abriu o concerto (Misslava); não fosse o cheiro de ganza espalhado pela sala do Coliseu; não fossem os telemóveis empunhados a toda a hora para sacarem uma imagem inédita do concerto, não fossem as horas que passei de pé depois de um dia de trabalho, não fosse este o concerto a que eu nunca teria ido, a noite de ontem teria sido perfeita!
Um comentário:
A tia... ficou triste... ainda mais por saber que ele tocou das suas músicas preferidas... mas fica ainda mais Feliz... por saber que ele foi tão bem acompanhado...
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