Escrevi que nem louca nestes últimos anos.
E não há um único rasto das palavras que juntei em frases e das frases que verti em texto.
Tudo escrito em escrita que não se vê, não se sente, logo, não existe?
Eu existo. Como sei?
Sei-o porque tu me ajudaste a descobrir.
Sim, tu.
TU
Só tu, mesmo tu.
E tudo pode ficar como antes, mas nada ficará como antes.
Depois de ti, o amanhã, com a escrita a tocar-me nos dedos e os
sentimentos virados do avesso.
Sem tempo mas com tempo para descobrir. Descobrir-me. Descobrir-nos.
Há tempo.
Haja tempo.
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