Eu quarenta, ele quatro.
- Mãe, vais morrer amanhã?
(murro no estômago, no âmago do meu eu)
- Não sei - disse - eu acho que não, mas todas as pessoas morrem um dia.
- Mas eu não quero que TU morras.
- Eu não sou diferente dos outros.
- Não és?
- Não.
-Agora estou triste.
(novo murro no estômago, bem no âmago do que eventualmente é meu)
Um comentário:
Este texto fez-me lembrar o dia em que me apercebi do que era a morte. Lembro-me bem onde estava e com quem estava... Recordo-me de agarrar a minha mãe a chorar, dizendo que não queria morrer, nem que ela morresse.
A verdade é que me recordo desse dia todas as vezes que penso na morte e o sentimento mantém-se inalterado.
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