sábado, maio 24, 2008

Ai, ai... que o calor não chega!

O calor teima em não chegar. Emigrou? Está com medo?
Eu entendo-o. Se tivesse escolha, se calhar, hoje estaria a passear-me por outras paragens. Com os preços do gasóleo a subir em flecha, fazendo com que uma simples ida ao supermercado se torne num gasto extra a ser ponderado com a máquina de calcular ao lado, ou com altas figurinhas do nosso Estado a serem apanhadas a fumar dentro de um avião e a reagir ao evento com um simples : "Lamento!", a vontade é a do exílio temporário. Lamentar ele lamenta, mas não por ter infringido a lei que o seu próprio governo aprovou em assembleia; lamenta apenas ter sido apanhado a fazê-lo. O problema, parece-me, não está no acto em si, mas no momento em que ele se torna público. Um caso que me lembra o da agressão à professora por uma aluna, que pôs o país em acesa discussão sobre a perversidade das novas tecnologias, uma vez que o episódio se tornou público após exposição no Youtube, depois de ter sido gravado a partir de um telemóvel. Mais uma vez digo, a questão não seria lamentável se a agressão se processasse dentro das quatro paredes da sala de aula, num acto privado e isolado, como tantas e tantas vezes sucede; a questão coloca-se porque a agressão extrapolou a ordem privada e tornou-se pública. De quem é a culpa? Dos telemóveis, pois claro! Resolução: proíbe-se o seu uso dentro das salas de aula. Conclusão? As agressões continuam a existir, as agressões e as violações à lei por parte de quem exerce as maiores responsabilidades civis, pelo menos todas aquelas que se mantêm longe dos olhos públicos!

O que sei é que o calor pode tardar, mas eu garanto que os meus pés não voltarão a estar fechados dentro de um par de botas. Não quero saber se farei figuras ridículas por correr de chinelo no pé para não ser apanhada pela chuva, ou tiritar de frio, por estar com eles (os pés) expostos. O certo é que me recuso a sucumbir ao Inverno que por aí anda. E como gosto de ser coerente, quis tornar a minha resolução pública. Se não o fizesse, segundo os novos tempos, ela tornava-se menos verdadeira e, por consequência, inexistente. Estou certa?

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