terça-feira, janeiro 04, 2011

Mário Augusto vs. Papões

Tenho papões a atormentar-me o sono. Com esta idade, os papões não são aquelas figuras disformes e monstruosas. São, isso sim, pensamentos disformes e monstruosos. Para dissipá-los, ligo a TV: pior a emenda do que o soneto.
Às três da madrugada estava a passar, na RTP, o Cinemax: pensei, olha, boa, vamos lá saber mais sobre cinema. O entusiasmo durou pouquíssimo. Porquê? Perguntam e bem!
Assistir ao Cinemax é como assistir a um combate de boxe. O Mário Augusto finge que faz umas perguntas para o crítico responder, mas assim que coloca o ponto de interrogação no final da questão, responde ele mesmo à pergunta. Confuso? Também acho. Ainda por cima soa pessimamente num programa de televisão.
O crítico bem tenta  discursar de forma coerente sobre os filmes, mas o Mário Augusto atropela-o a aplica-lhe K.O. sucessivos.
Será que podem mandar calar o sr. Mário Augusto?
Oh, vá lá! Ou contratem, em alternativa, um crítico vigoroso, musculado, que arremesse o braço direito contra o discurso do Mário e o obrigue a respeitar a vez do outro.
Mário, há mais pessoas a perceber de cinema, está bem? Sei que é difícil aceitá-lo, mas tenta. Boa?
Fogo, venham os papões atormentar-me o sono. Mil papões. Todos os papões.

2 comentários:

Miguel disse...

E essa falta de sono a que se deve, será que tem alguma coisa a ver com a leitura do livro da consciência? Será?

M.

Sónia disse...

Não, antes tivesse.
Acho que tem mais a ver com a leitura da minha própria consciência, que é esconsa e difusa.