domingo, janeiro 23, 2011

Sombras eleitoralistas

Pensei em ir votar. A sério que pensei. Mas a qualidade dos canditatos presidenciais, ou melhor, a falta dela, impediram-me de fazê-lo.
Não votaria em Cavaco Silva. Um presidente que prefere calar do que revelar o que pensa; um presidente que opta pela promulgação de determinados diplomas quando, pelo seu discurso, advinhamos que preferiria o veto; um presidente que ameaça o país com a subida de juros se a eleição não se cumprir à 1.ª volta, é um presidente que não me interessa, não me move, não me representa.
Os outros, bem, os outros foram uma nulidade gritante. A própria campanha foi de extrema pobreza. Não houve qualquer debate de ideias. Limitaram-se a esgrimir um argumentário gasto e vazio.
Quem acredita que Cavaco Silva saiba o significado de "povo" quando diz "povo"? Ou quem acredita que Fernando Nobre saiba o que é "fome" quando fala de "fome"? E Manuel Alegre saberá, na verdade, o que significa ser "isento" ou "independente"?
O meu voto de protesto fez-se no momento em que optei pela abstenção. E, ainda assim, não me deixo de sentir triste com essa opção...

4 comentários:

FigueiRita disse...

Houve os que quiseram votar, convictos das suas escolhas, e não puderam devido ao cartão do cidadão... Assim que soube que o voto nulo conta tanto como a abstenção... decidi-me pela 2ª. Estou mesmo descontente com os candidatos que se apresentaram... não escolheria nenhum.

Sónia disse...

Então estamos em sintonia.
Coisa rara, coisa rara!

Anônimo disse...

Prima, passei por aqui e senti-me na obrigação de comentar. Existe uma premissa que é desconhecida de quase toda a gente. Se numa eleição existirem mais de 50% de votos brancos os candidatos dessa eleição nunca mais se podem candidatar. Curioso não? Será que não mereciam todos que isto tivesse acontecido? Beijo grande. Pedro.

FigueiRita disse...

Epá... não sabia dessa... Para a próxima, primo, garanto-te que o farei. E vou passar a palavra.