Pensei em ir votar. A sério que pensei. Mas a qualidade dos canditatos presidenciais, ou melhor, a falta dela, impediram-me de fazê-lo.
Não votaria em Cavaco Silva. Um presidente que prefere calar do que revelar o que pensa; um presidente que opta pela promulgação de determinados diplomas quando, pelo seu discurso, advinhamos que preferiria o veto; um presidente que ameaça o país com a subida de juros se a eleição não se cumprir à 1.ª volta, é um presidente que não me interessa, não me move, não me representa.
Os outros, bem, os outros foram uma nulidade gritante. A própria campanha foi de extrema pobreza. Não houve qualquer debate de ideias. Limitaram-se a esgrimir um argumentário gasto e vazio.
Quem acredita que Cavaco Silva saiba o significado de "povo" quando diz "povo"? Ou quem acredita que Fernando Nobre saiba o que é "fome" quando fala de "fome"? E Manuel Alegre saberá, na verdade, o que significa ser "isento" ou "independente"?
O meu voto de protesto fez-se no momento em que optei pela abstenção. E, ainda assim, não me deixo de sentir triste com essa opção...
4 comentários:
Houve os que quiseram votar, convictos das suas escolhas, e não puderam devido ao cartão do cidadão... Assim que soube que o voto nulo conta tanto como a abstenção... decidi-me pela 2ª. Estou mesmo descontente com os candidatos que se apresentaram... não escolheria nenhum.
Então estamos em sintonia.
Coisa rara, coisa rara!
Prima, passei por aqui e senti-me na obrigação de comentar. Existe uma premissa que é desconhecida de quase toda a gente. Se numa eleição existirem mais de 50% de votos brancos os candidatos dessa eleição nunca mais se podem candidatar. Curioso não? Será que não mereciam todos que isto tivesse acontecido? Beijo grande. Pedro.
Epá... não sabia dessa... Para a próxima, primo, garanto-te que o farei. E vou passar a palavra.
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