Descobri que a Ponte 25 de Abril é suportada por cabos que são constituídos por mais de 11 mil fios de aço. A verdade é que não descobri isto apenas, tive a oportunidade de tocar-lhes, pois estive no lugar onde esses fios se encontram seguros.
De cada vez que visito a Ponte 25 de Abril descubro coisas novas sobre a sua construção ou a sua manutenção. Dentro dos seus pilares, subindo e descendo por escadas de bombeiros sem qualquer protecção extra, em que os buracos por onde passa o meu corpo formam crateras sem fundo por baixo dos meus pés, sinto como se estivesse a viver uma aventura da colecção juvenil Uma Aventura, das autoras portuguesas Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães. Já imaginei mil enredos para aquelas paragens que muitos utilizam na travessia do Tejo, mas que muito poucos tiveram a oportunidade de conhecer por dentro, como eu agora conheço.
É impossível não me sentir privilegiada por poder estar na ponte sob uma nova perspectiva. Nem sei explicar aquilo que se sente, a 200 metros do solo, tendo Lisboa e Almada como fundo e horizonte. Lá no alto dos pilares, guardamos a sensação de que é fácil tocar nos aviões que estão prestes a aterrar no Aeroporto da Portela. Lá no alto também nos sentimos parte de tudo, ainda que longe de tudo. Gostava de levar lá para cima o meu caderno e escrever, sei que as palavras teriam outra consistência que aqui em baixo não têm. E depois, quem sabe?, elas seriam levadas pelo vento e seriam lidas por pessoas à janela, que as agarrariam e as tornariam suas? Ou que na resposta me diriam: anda, vem voar comigo, e se por acaso eu cair, amparas-me na queda...
De cada vez que visito a Ponte 25 de Abril descubro coisas novas sobre a sua construção ou a sua manutenção. Dentro dos seus pilares, subindo e descendo por escadas de bombeiros sem qualquer protecção extra, em que os buracos por onde passa o meu corpo formam crateras sem fundo por baixo dos meus pés, sinto como se estivesse a viver uma aventura da colecção juvenil Uma Aventura, das autoras portuguesas Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães. Já imaginei mil enredos para aquelas paragens que muitos utilizam na travessia do Tejo, mas que muito poucos tiveram a oportunidade de conhecer por dentro, como eu agora conheço.
É impossível não me sentir privilegiada por poder estar na ponte sob uma nova perspectiva. Nem sei explicar aquilo que se sente, a 200 metros do solo, tendo Lisboa e Almada como fundo e horizonte. Lá no alto dos pilares, guardamos a sensação de que é fácil tocar nos aviões que estão prestes a aterrar no Aeroporto da Portela. Lá no alto também nos sentimos parte de tudo, ainda que longe de tudo. Gostava de levar lá para cima o meu caderno e escrever, sei que as palavras teriam outra consistência que aqui em baixo não têm. E depois, quem sabe?, elas seriam levadas pelo vento e seriam lidas por pessoas à janela, que as agarrariam e as tornariam suas? Ou que na resposta me diriam: anda, vem voar comigo, e se por acaso eu cair, amparas-me na queda...