Esta sexta-feira, fui jantar ao Bairro Alto com os meus alunos estrangeiros do curso de português. Quisemos despedir-nos comemorando a vida que existirá para cada um de nós, após o final do curso. E, sobretudo, quisemos misturar as nossas vivências num pote que não se confina a uma sala de aulas de uma das mais bonitas faculdades de Lisboa: o Instituto Superior de Agronomia.
Entre conversas e risadas em inglês, português, polaco, espanhol e italiano, houve dois alunos, o Pawel e o Marek, que me diziam, em tom confidente, que ouvem a canção Fácil de Entender, dos The Gift, mesmo antes de adormecerem, usando aquela canção como música de embalar dos seus finais de noite. Registei este momento por duas razões, a primeira, e a mais imediata, porque me trouxe a convicção de que uma língua não deve ser ensinada sem estar integrada no seu património cultural; uma vez que dele faz parte. Foi por desconfiar disso mesmo que fiz questão de, no final de cada aula, partilhar com eles música portuguesa, assim como poesia, perseguindo o objectivo de enquadrar a língua que lhes ensinava no património que a configura. Dei-lhes a ouvir Mariza, Luís Represas, Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, Paulo Praça, Santos e Pecadores, assim como The Gift. E agora, Pawel e Marek não adormecem sem ouvirem Fácil de Entender, essa canção que escutaram pela primeira vez nas aulas de português. Eles até podem sentir dificuldade em entender o que as pessoas na rua dizem, mas a verdade é que escolhem uma música portuguesa para lhes aconchegar os sonhos. A segunda porque, a não existir mais nada que me garantisse que fiz o meu trabalho bem, isto bastaria para me sentir segura da minha prestação. Está fácil de entender...
Entre conversas e risadas em inglês, português, polaco, espanhol e italiano, houve dois alunos, o Pawel e o Marek, que me diziam, em tom confidente, que ouvem a canção Fácil de Entender, dos The Gift, mesmo antes de adormecerem, usando aquela canção como música de embalar dos seus finais de noite. Registei este momento por duas razões, a primeira, e a mais imediata, porque me trouxe a convicção de que uma língua não deve ser ensinada sem estar integrada no seu património cultural; uma vez que dele faz parte. Foi por desconfiar disso mesmo que fiz questão de, no final de cada aula, partilhar com eles música portuguesa, assim como poesia, perseguindo o objectivo de enquadrar a língua que lhes ensinava no património que a configura. Dei-lhes a ouvir Mariza, Luís Represas, Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, Paulo Praça, Santos e Pecadores, assim como The Gift. E agora, Pawel e Marek não adormecem sem ouvirem Fácil de Entender, essa canção que escutaram pela primeira vez nas aulas de português. Eles até podem sentir dificuldade em entender o que as pessoas na rua dizem, mas a verdade é que escolhem uma música portuguesa para lhes aconchegar os sonhos. A segunda porque, a não existir mais nada que me garantisse que fiz o meu trabalho bem, isto bastaria para me sentir segura da minha prestação. Está fácil de entender...
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