quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Um paciente que nada tinha de inglês

Revi o English Patient.
Eram três horas da manhã quando acordei. Decidida a não ficar a olhar para o vazio, levantei-me e fui ver o filme. Tinha-o encontrado nesse mesmo dia entre dezenas de DVD's que o meu avô guarda num móvel lá de casa. Assim que olhei para ele, senti necessidade de revisitá-lo. Desconheço a razão que enformou tal necessidade, mas percebi que ela existia.
Não sei dizer o que me agradou mais no filme. Se a história de amor que é contada, se as pequenas histórias que se desenrolam à medida que se desenrola a guerra.
Nunca vivi em guerra, por isso, para mim, falar de guerra é a mesma coisa do que falar da ida à Lua; posso até imaginar como será, já visualizei imagens, documentários, filmes, mas não é a mesma coisa: há um limite bastante real entre o que se conhece e o que se imagina conhecer.
Todavia, a guerra não tem apenas a capacidade de estilhaçar e mutilar vidas, tenho a impressão de que ela gera imaginação e criatividade nos seres humanos. Anne Frank ou Guernica são apenas dois exemplos que ilustram o que digo. Há outros. Há muitos outros.
Guerra fria, guerra colonial, guerra civil - guerra é sempre guerra, independentemente dos adjectivos que lhe colocarmos na frente?
"Amor platónico, amor carnal, amor filial" - é ou não é amor de qualquer maneira?
Neste filme, todas as personagens acabam por ser elas mesmas pacientes esperançadas de que a cura acabe por chegar: para uns a morte, para outros a vingança e para outros o amor.

Um comentário:

PEdro disse...

vi uma vez esse filme, mas já foi há muito tempo.. também tenho que rever.

durante a tarde vi um filme sobre furacões. também me fez pensar como será estar perante eles sem ser sentado no sofá. deve ser uma demonstração de poder assustadora mas também um despertar tocante para a nossa insignificância.

bjinhos