Estou certa de que a vivência do nosso mundo interior está cheia de absurdidades - umas mais abstractas do que outras - e até de algum maquiavelismo.
Há um jogo que repito com frequência, principalmente na banheira: fecho os olhos e tomo banho com eles fechados. Dá-me alguma satisfação perceber que naquele espaço minúsculo me safo com alguma ligeireza. Sei onde encontrar o shampoo e o gel de banho. E raramente me atrapalho com o manuseamento da torneira.
Às vezes também utilizo uma única mão a vestir-me; demoro o dobro do tempo, é certo, mas consigo fazê-lo.
O bom deste tipo de jogos é ter consciência que eles não duram mais do que a minha vontade.
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