terça-feira, junho 17, 2008

O caminho, o CRISTO e eu

Há um caminho secreto que eu percorro todos os dias. O caminho não é só meu, mas é como se fosse, porque percorro-o sozinha. Há duas coisas a registar nesse caminho secreto: a Ponte 25 de Abril, vista por baixo, e o Cristo Rei, visto como se estivesse tão perto, que fosse capaz de me estender a mão. Se ele me estendesse a mão, eu trá-lo-ia comigo a percorrer o caminho secreto, tenho a certeza de que ele iria gostar. Não deve ser agradável a vida de estátua. Passa-se demasiado tempo a olhar para o mesmo lugar. Todavia, uma coisa é certa, sem o Cristo Rei no sítio, o meu caminho secreto perdia uma pérola, mas eu ganhava um amigo. E se há coisa de que eu gosto é de ter amigos, não muitos, mas os certos. Por isso, se o Cristo Rei, num destes dias, pedir para o trazer pela mão, não vou hesitar. Não estranhem se virem um buraco vazio na outra margem ; nessa altura, o Cristo e eu andaremos aos pinotes pelo caminho secreto a fingir infâncias e a atrasar o tempo...

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