O tempo retoma, devagar, o seu lugar à mesa.
Agosto não volta mais, nem as memórias de um amor feliz.
Os sonhos são por estes dias devorados pela malícia do Outono.
Não há corpos nus pela casa.
Não há olhares retidos na retina dos meus olhos.
Não há desejos por cumprir. Nem cumpridos.
Só há esta certeza incómoda de que cada passo dado
me deixa mais próxima do definitivo adeus.
2 comentários:
Quando lía a tua crónica saltou-me:
"Não há corpos nus pela casa"
... Fez-me pensar:
"Haverá corpos gnus por todo o lado..."
Walter Ego
Os amores de verão têm esse inconveniente, normalmente são intensos mas também efémeros.
Aposte num amor de inverno, em que provavelmente também não vão haver corpus nus pela casa, mas só porque estarão cobertos, resguardados por cobertores e edredons,diante da lareira. Que maravilha!
Ps: aproveita, aqui no Brasil, não tenho essa oportunidade, com o calor que aqui faz!
Beijo
Rosângela
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