Robert Downey Jr. é o sustento do Sherlock Holmes. Não fora ele e o filme de Guy Ritchie seria um sucedâneo de clichés cansativos e aborrecidos; ou transformar-se-ia em mais um filme de heróis: já existem os suficientes nesta era em que até os de banda-desenhada regressam aos magotes para nos torturarem o juízo. Jude Law não sustenta o filme, mas sustenta o Holmes. Este Watson acaba por ser o contra-ponto necessário ao estilo "génio tresloucado" do outro - Jude é a bengala do desequilíbrio funcional do detective-maravilha.
Ir ao cinema em dias de semana é sempre uma aventura para mim. Saio do trabalho a correr, vou buscar o Rodrigo a correr, preparo-lhe o jantar a correr, saio para o cinema a correr, compro os bilhetes a correr, engulo qualquer coisa a correr e vejo o filme a correr. Com tanta correria, ainda me torno numa maratonista das idas ao cinema em dias de semana. Deviam inventar uma prova qualquer deste género, para ver se eu sentia, finalmente, o gostinho da vitória.
Só não corri para a cama. Não estava com vontade de prolongar despedidas.
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