Chopin. Nocturnos.
Só assim a vida pára.
Não há o cansaço de todos.
Não há a correria de sempre.
Não há as frases costumeiras do "antigamente é que era bom".
Não há trabalhos intermináveis que se acumulam na secretária.
Não há medo do futuro.
Não há dúvidas de amar tudo, como nunca, como sempre.
Não há gritos de impaciência em manhãs onde o tempo nos escapa.
Não há trânsito a paralisar-nos os movimentos.
Não há colegas irritantes, com ares superiores, a dizer-nos o que é bom e bem feito.
Não há passado que nos ameace.
Não há vida senão naqueles acordes em piano: Op. 37.
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