Sabem como gosto de saborear a vida? Aos gomos, um de cada vez, para sentir na minha boca o gosto de cada momento vivido. Agora, é importante ter a noção de que se um gomo fica pela metade, arrumado a um canto durante anos a fio, e por qualquer razão, alguém se lembra de voltar a provar daquele gomo, ele não se encontrará fresco, nem proporcionará as mesmas sensações de outrora.
É fácil perceber, julgo, que as histórias de amor têm "aquele" momento para serem vividas; não faz sentido querer resgatar a frescura de outros tempos quando sabemos que o tempo não se senta à ombreira da porta a ver-nos passar por ele.
Para mim, é impossível voltar a ser o que fui há anos atrás. Hoje, sou uma outra, com a noção clara do que deseja e ainda mais clara daquilo que não quer para si. E eu não quero comer gomos da minha própria vida, ressequidos com a passagem dos dias. Ou ter acesso a migalhas que alguém deixa pelo caminho. Muito menos quero metades de homens entregues ao que não são e ao que nunca virão a ser.
Eu quero o simples, se o simples não for complicado de ter.
12 comentários:
Todos nós crescemos, uns mais do que outros, alguns cresceram tanto que descobriram que amar só é possivel por inteiro e não a metades, reconhecem os erros e tentam não voltar a cair nos mesmos buracos, aprendem a demontrar os seus sentimentos na integra e a enfrentar fantasmas antigos,aprendem a levantar-se quando se magoam, aprendem que é quase simples atingir momentos de felicidade quando lutamos por eles(sim, penso que a felicidade é feita de momentos) e que temos nas nossas mãos a capacidade de reescrever a estória e escolher as personagens tendo como base experiências passadas.. é simples se me quiseres ter por inteiro.. ou é simples dizer simplesmente, não.
Bem... espero que saibas quem é o 1º anónimo... Bjs. Mana
Meu caro 1º Anónimo!!!
Por amor de Deus, depois de uma declaração dessas... a melhor forma de atingir a felicidade não será sair do anonimato???
Beijinhos e assumam-se!!!
Ass: o incógnito
Anónimo número 3, apesar de concordar com o que diz, que lata a sua de fazer o comentário que faz e assinar como "incógnito"?!?!
Sófi,
Recentemente descobri o seu blog e pensei: finalmente uma pessoa que respira e transpira sensibilidade...
Contudo, o dia de hoje chegou e as suas palavras tornaram-se banais e vulgares para a minha existência. Ou seja, após ter gozado com o meu nome de familia, só me resta despedir-me e sugerir-lhe para ter cuidado com determinados comentários...
Ass: O INCÓGNITO
Sabe o que eu acho, na realidade?
Que o sr. desde que aqui chegou só quis destabilizar e criar mau ambiente. Quer um conselho? Regresse ao anonimato, o sr. juntamente com o seu nome de família, e deixe-me em paz com a minha sensibilidade...
Sófi,
A verdade é que tentei desafiá-la, mas a menina foi pelo caminho mais fácil, o da rejeição... As críticas, opiniões e comentários divergentes não têm de ser renegados liminarmente. Mais, o nível de sensibilidade de um ser revela-se exactamente nestes pormenores, nestes cuidados com os outros, na forma empática como sabemos olhar o mundo.
Isso consigo ainda não acontece. Provavelmente por ainda ser jovem e pouco amadurecida, mas pelo conteudo dos seus textos acho que está no trilho correcto para encontrar o seu destino.
Despeço-me com cortesia,
Ass: Incógnito
Quer-me parecer, pela velocidade com que me respondeu, que já tinha um texto fabricado à espera de ser usado. Será que o sr. costuma entrar em querelas bloguísticas para se sentir mais amado e, quem sabe, respeitado?! Já vi loucos capazes de tudo.
Como o texto o indica, eu sou um ser simples e desacredito tudo o que não conheço. E eu não o conheço a si, estou certa?!
Sófi, Mais uma vez optou pelo comentário fácil. Tem, efectivamente, de desenvolver essa sua capacidade de resposta...
Como sabe, a rapidez deveu-se ao facto de a menina ter retirado o post anteriormente colocado por si, o que levou a que quase em simultâneo publicássemos as nossas respostas.
Para além disso não necessito de elaborar em demasia os meus comentários para responder a uma pessoa simples, descrente e que de facto não conheço.
Em relação à necessidade de ser amado, respeitado, reconhecido penso que é um sentimento transversal a todos os bloguistas, caso contrário escreveriam para si e não para o mundo, não concorda Sófi?
Para além disso e, como é óbvio, não desacredita tudo o que não conhece, aliás acredita dogmáticamente no amor e tenho dúvidas que já tenha conhecido o verdadeiro Amor...
Ass: Incógnito
Já vi que gosta da disputa. Eu odeio-a. Se me conhecesse, saberia-o. Sou uma pessoa com uma atitude conciliadora perante a vida. Não tenho de me justificar ou explicar-lhe o que seja.
Em relação à escrita, teria de ensinar-lhe uma série de coisas para as quais - estou certa - não se encontra preparado. Já quanto ao amor, quantos de nós saberá que o conheceu verdadeiramente?
Já agora... DOGMATICAMENTE, porque é um advérbio de modo, que se forma a partir do adjectivo: dogmático (palavra exdrúxula, por isso acentuada com acento gráfico -todas as palavras exdrúxulas o são); perde o seu acento assim que se lhe acrescenta o sufixo "MENTE". Porquê? Porque deixa de ser uma palavra exdrúxula e passa a ser uma palavra grave, a sua sílaba tónica é -MEN. Se precisar de qualquer outro esclarecimento adicional, por favor, não hesite!
Sófi,
Para quem se diz uma pessoa conciliadora e que não gosta de disputas, parece-me que este seu ultimo comentário (que desde já agradeço) foi o libertar dessas amarras conciliadoras...
Tal como, certamente, já aprendeu algo comigo, também estou receptivo a que me possa ensinar algo, para além de gramática portuguesa...
Ass: Incógnito
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